Nosso olfato é capaz de distinguir cheiros agradáveis e desagradáveis. Ele possui receptores neurais de odores denominado de quimiorreceptores, que se localizam fora do sistema nervoso central, responsivos às alterações da concentração do oxigênio, dióxido de carbono e íon hidrogênio.
Localizam-se em associação com os grandes vasos arteriais do tórax e do pescoço e levam a informação ao bulbo olfativo, área no cérebro que processa, interpreta e diferencia que tipo de odor é aquele detectado. Seu papel é o de receber o estímulo e transformá-lo em impulso nervoso.
O sistema límbico, onde se encontra o bulbo olfativo, também processa nossas emoções e aprendizado, nos desperta a memória e relaciona aquele cheiro com algo que um dia já experimentamos anteriormente.
Causa da ânsia
Aquele fedor malcheiroso geralmente está ligado à algo desagradável. Porém, o que causa ânsia em uma pessoa pode não ter o mesmo efeito em outra. Dependendo da experiência fedorenta do indivíduo, o sistema límbico se comunica com o centro do vômito, trazendo aquela vontade de golfar. O vômito é um reflexo que faz parte de um dos nossos mecanismos fisiológicos de defesa.
Quando passamos perto de uma fossa, logo o nosso cérebro associa o cheiro à decomposição, e a sensação de nojo ou de medo de contrair algum tipo de doença, junto à vontade expressa de vomitar, nos faz distanciarmos ainda mais daquele ambiente.
Aquelas pessoas que convivem com esses odores diariamente, como no caso de alguns limpadores de fossa da movimentada capital de Bangladesh, em que sua tarefa cotidiana é a de desentupir os dutos de esgoto sem proteção alguma, consequentemente, já não sentem mais aquela sensação de enjoo quando estão nesses locais, pois o odor acabou se tornando corriqueiro em seu dia a dia.
Então, aquela desagradável sensação de enjoo é simplesmente um reflexo que faz parte de um dos nossos mecanismos fisiológicos de defesa.
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