Sabemos que o processo não permanece por muito tempo, normalmente por apenas alguns dias, e dependendo de alguns casos pode perdurar por mais tempo, mas para entender melhor o processo de alisamento, escova progressiva ou qualquer outro tipo de química para ficar liso é necessário entender primeiramente a estrutura do cabelo e como ele é formado.
Nosso cabelo é formado por estruturas que chamamos de “ponte de dissulfeto”. O que parece originar a textura do cabelo (lisa ou crespa) é a quantidade dessas pontes que ele tem, portanto, quanto mais pontes tiver, mais crespo o cabelo será e quanto menos pontes, mais liso.
As células do nosso folículo piloso produzem várias proteínas, mas a queratina é a mais expressiva. As proteínas possuem átomos de enxofre, e quando dois destes dois átomos de enxofre se encontram, acabam formando uma ligação de dissulfeto.
Se os dois átomos de enxofre na mesma proteína estiverem próximos um do outro a proteína irá dobrar para formar a ligação dissulfeto. Então, por isso que quanto mais ligações mais átomos de enxofre.
A química utilizada no salão para alisar (progressiva, hidróxido, guanidina etc), altera os fios de cabelo, os forçando a assumirem um estado reto, obrigando os átomos de enxofre das pontes a se soltarem ao máximo possível.
O mesmo acontece no caso de um cabelo liso onde a pessoa deseja que ele se torne cacheado ou enrolado. Se o cabelo é muito liso e o procedimento é um permanente, a alteração química força a formação de fortes pontes de dissulfeto.
Mas o processo é temporário, uma vez que o cabelo que é originalmente crespo não sofre alteração da química dentro do folículo piloso, onde é formado. Portanto você pode alisar ou enrolar seu cabelo a vontade, que ele sempre voltará a sua formação original.
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