Parece que estamos muito próximos de descobrir uma forma de evitar o abate de animais para nossa alimentação. Os testes iniciais da Startup norte-americana Memphis Meats evidenciaram que é possível sim cultivar carnes em laboratório sem qualquer tipo de sacrifício animal.
Como isso é possível?
Desenvolvendo a carne a partir de células animais. O projeto acabou chamando a atenção de muitos investidores, inclusive do bilionário Bill Gates e já arrecadou cerca de US$ 17 milhões de investidores de acordo com informações do portal britânico Daily Mail.
O processo é extremamente complexo e amplo, mas consiste basicamente da retirada de células de animais com potencial de crescimento, que são cultivadas e multiplicadas com nutrientes e oxigênio. Em seguida, essas células se desenvolvem em tanques biorreatores e se transformam em músculo. A carne, segundo a empresa, pode ser consumida após 9 a 21 dias.
A concepção não é apenas acabar com o dilema de quem é fã da carne e se sente culpado pelo abate, mas também diminuir os efeitos no meio ambiente. A carne deve gerar 90% menos gases do efeito estufa em comparação com a carne convencional, além de absorver menos de 10% da terra e água usadas atualmente para a criação e abate dos animais.
Avanço tecnológico
Segundo a doutora, co-fundadora e CEO da Memphis Meats, Uma Valeti, ela diz que o objetivo da empresa é produzir carne de uma melhor forma, para que ela seja deliciosa, acessível e sustentável. A empresa acredita que este seja um passo muito significante para a humanidade em relação à tecnologia e uma incrível oportunidade de negócio, onde será possível resolver alguns dos problemas mais urgentes atualmente.
A empresa informou recentemente de que havia conseguido produzir carne de frango e de pato em laboratório e diretamente das células animais e espera que os produtos estejam disponíveis aos consumidores em breve. Apesar da incrível descoberta, o processo tem um altíssimo custo, onde a cada 450 g de filé de frango obtido no processo custa cerca de 9 mil dólares para ser produzida. Portanto, para cerca de um quilo de frango, seriam necessários um gasto de aproximadamente R$ 56 mil.
Mesmo com um processo para lá de exorbitante, a empresa afirma que essa descoberta é um grande avanço e garante que poderão começar a comercializar o produto com preços competitivos no mercado em 2021. A primeira linha de produtos à venda incluirá cachorros-quentes, salsichas, hambúrgueres e almôndegas, que usarão receitas desenvolvidas por chefs consagrados.
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