Pimenta é o nome comum dado a várias plantas, seus frutos e condimentos deles obtidos, de sabor geralmente picante. Porém, este termo tem acepções diferentes nos vários países falantes da língua portuguesa como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e por diversas pessoas e comunidades em todo o mundo.
Os europeus foram os primeiros a introduzirem a pimenta em sua culinária e deram início a domesticação de sua cultivação, embora haja diversas espécies de pimentas provindas do continente africano.
No Brasil, o termo refere-se tanto às espécies de Capsicum como as de Piper e Pimenta, em Portugal, o termo é aplicado sobretudo para os gêneros Piper e Pimenta e para condimentos obtidos a partir de Capsicum, como a pimenta-caiena e já em Moçambique as variedades de Piper são chamadas pimenta-redonda; piripíri refere-se aos frutos pequenos de Capsicum frutescens, e malagueta às variedades de tamanho maior; em Angola, o termo preferido é jindungo.
Além das pimentas citadas acima, existem várias outras plantas que, embora não sejam usadas como especiarias, são também chamadas de pimentas, como a Pimenta síria que é uma mistura de especiarias que inclui as pimentas do reino e da jamaica.
Mas, porque as pimentas ardem?
A pimenta arde devido a uma substância chamada de capsaicina. Quando uma pessoa ingere a pimenta, essa substância estimula os receptores sensíveis existentes na língua e na boca, fazendo com que as pessoas tenham aquela sensação de ardência na boca, pois esses receptores nervosos transmitem ao cérebro uma mensagem informando que a sua boca estaria sofrendo queimaduras.
Instantaneamente o cérebro gera uma resposta ordenando ações no sentido de salvá-lo dessa possível ardência na boca, então, vários agentes entram em cena para refrescá-lo: a pessoa começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica úmido. Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação de que sua boca estaria pegando fogo, começa a fabricar endorfinas que permanecem por um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar.
Essas substâncias são produzidas pelas glândulas de dentro das pimentas chamadas de capsaicinóides (tecido branco onde são as sementes ficam grudadas). O grau de ardência provocado por cada pimenta depende da quantidade de capsaicinóides que elas possuem.
A pimenta mais ardida do mundo
Segundo especialistas da área, a pimenta mais ardida e mais forte do mundo é a Carolina Reaper, e foi classificada como a pimenta mais quente do mundo pelo Guinness World Records de acordo com testes de 2013, com média de 1.569.300 milhões SHU na escala Scoville, com níveis de pico de mais de 2.200.000 milhões SHU, que é a unidade de medida para avaliar a ardência da pimenta. Ela pode ser encontrada em duas ilhas famosas do Mar do Caribe, Trinidad e Tobago.
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