A cerveja é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada. Segundo historiadores, acredita-se que a cerveja tenha sido a primeira bebida alcoólica criada pelo ser humano. A cerveja é atualmente a terceira bebida mais popular do mundo, seguida apenas pela água e o chá. É a bebida alcoólica mais consumida no mundo.
Muitos acreditam que a cerveja tenha se originado da Alemanha no século XIX ou no século XX, porém essa não é a verdade sobre seu início.
Historicamente, a cerveja já era conhecida pelos antigos sumérios, egípcios, mesopotâmios e ibéricos, mencionada há pelo menos, a 6000 a.C. A agricultura havia surgido na Mesopotâmia em um período entre a revolução do Neolítico e a Idade dos Metais.
Estela de Hamurabi
Na data de 1760 a.C, foi criada a lei que regulamenta a produção e a venda de cerveja é a Estela de Hamurabi, onde era condenado à morte qualquer pessoa que não respeitasse os critérios de produção de cerveja indicados. Incluía várias leis de comercialização, fabricação e consumo da cerveja, relacionando direitos e deveres dos clientes das tabernas.
Além disso, o Código de Hamurabi também estabelecia uma ração diária de cerveja para o consumo do povo da Babilônia que eram 2 litros para os trabalhadores, 3 para os funcionários públicos e 5 para os administradores e o sumo sacerdote. No código também constava punições O código também impunha punições rigorosas para os taberneiros caso esses quisessem enganar os seus clientes.
A notícia mais antiga que se tem da cerveja vem de 2600 a 2350 a.C. Desta época, arqueólogos encontraram menção no Hino a Ninkasi, a deusa da cerveja, de que os sumérios já produziam a bebida. Já na Babilônia dá-se conta da existência de diferentes tipos de cerveja, originadas de diversas combinações de plantas e aromas, e o uso de diferentes quantidades de mel.
No Egito antigo o escritor grego Ateneu de Náucratis (século III d.C.), relata que ela teria sido inventada para ajudar a quem não tinha como pagar o vinho. Inscrições em hieróglifos e obras artísticas testemunham o gosto deste povo pelo henket ou zythum, apreciado por todas as camadas sociais. Até um dos faraós, Ramsés III (1184-1153 a.C.), passou a ser conhecido como “faraó-cervejeiro” após doar, aos sacerdotes do Templo de Amon, 466 308 ânforas ou aproximadamente um milhão de litros de cerveja provenientes de suas cervejeiras.
A cerveja teria surgido por acaso
Segundo informações de historiadores, a cerveja teria surgido por acaso. Como praticamente qualquer açúcar ou alimento que contenha amido pode sofrer fermentação natural, a cerveja acabou surgindo quando um grupo de agricultores armazenou a colheita dos grãos em vasos, devido a chuva ou uma possível infiltração de umidade acabou desencadeando um processo de fermentação. Ao longo do tempo essa descoberta, que foi a fermentação acabou dando origem à primeira cerveja primitiva.
A bebida teria sido batizada de Cerevisia, talvez em homenagem a Ceres, conhecida como sendo a “deusa das plantas que brotam” (principalmente dos grãos). Porém, somente no fim de milhares de anos que a cerveja foi praticamente toda alterada e cada vez mais apreciada.
Na Idade Média era comum que nos locais de fabricação de cerveja fossem utilizados uma enorme variedade de ervas para dar a cerveja diversos aromas, sendo a mais comuns a mírica, o rosmaninho, o louro, a sálvia, o gengibre e o lúpulo, mas este último é usado até hoje no processo de fabricação da cerveja até hoje e introduzido no processo de produção da cerveja entre os anos 700 e 800 pelos monges do Mosteiro de San Gallo, na Suíça. O lúpulo é aquele ingrediente que dá aquele sabor amargo característico da cerveja e também ajuda na sua conservação.
As diversas receitas desses mosteiros foram passando de geração em geração até chegarem aos dias atuais. Em todo o mundo existem aproximadamente 20.000 mil marcas de cervejas, sendo então considerada uma das bebidas alcoólicas favoritas das pessoas.
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