As fichas de telefone surgiram no Brasil na década de 60. Seu diâmetro variava de 20 mm a 30 mm e eram fabricadas com ferro, latão,cobre, zamac, entre outros.
Bastava você colocar a ficha em um compartimento acima do orelhão e começar a falar, para ligações locais com uma ficha você falava 3 minutos e nas ligações de longa distância 18 segundos, era uma atrás da outra. Quando estava perto do tempo acabar, o orelhão emitia um som de “bip” avisando que teria que colocar outra ficha, senão a ligação cairia. As fichas não utilizadas eram devolvidas, no caso de colocar muitas ao mesmo tempo. Na época as ligações à cobrar ainda não existiam.
Se caso você fosse para o Rio de Janeiro, ou Espírito Santo, suas fichas compradas em São Paulo não serviriam, tendo então que comprar fichas na região em que estivesse. Devido essa limitação, a empresa CTB, em 1970 acabou sentindo a necessidade de padronizar as fichas, e assim fez, passando então a servir em qualquer telefone do território nacional.
Em meados de 1992, devido aos custos altos para manutenção, recolhimento das fichas nos telefones e também o vandalismo, a empresa Telebrás se juntou ao seu centro de pesquisa para desenvolverem os famosos cartões telefônicos. Com isso, a empresa reduziu em muito os altos custos de manutenção e reparo dos aparelhos e proporcionou maior comodidade aos usuários do serviço.
Acredito que um dos fatores primordiais que mais ajudaram na mudança tenha sido a questão dos vândalos, que quebravam o compartimento onde ficavam armazenadas as fichas para roubá-las, era raridade você não encontrar um orelhão destruído e rompido.
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Anos depois, foram criados dois tipos de fichas telefônicas para todo o território nacional. As de ligações interurbanas que só funcionavam em telefones públicos azuis, e as de ligações locais que funcionavam somente em telefones públicos vermelhos. Isso ajudou a não congestionar os telefones.
A telefonia pública brasileira não é um serviço novo. Desde a década de 1920 que a população já tinha conhecimento sobre os chamados telefones “semi-públicos” (telefones de bares e restaurantes). Mas, de verdade a história da telefonia pública brasileira começou mesmo em meados de 1934, quando a CTB (Companhia Telephonica Brasileira) instalou na cidade de Santos, no litoral paulista, os primeiros telefones públicos.
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