A escravidão foi uma forma de relação social de produção adotada na época. Em território brasileiro, a escravidão prevaleceu por cerca de três séculos, do início da colonização à assinatura da lei Áurea. A escravidão no Brasil é sinalizada sobretudo pela exploração da mão de obra de negros trazidos da África e transformados em escravos no Brasil pelos europeus colonizadores do país.
A maioria dos escravos eram destinados a agricultura, onde a atividade açucareira estava em alta, e os demais na mineração, portanto, essenciais para a manutenção da economia.
A escravidão só foi oficialmente abolida no Brasil devido a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, pela princesa Isabel, então regente do Império, em nome de seu pai, o imperador Dom Pedro II.
Mas, independentemente da Lei aprovada, o trabalho compulsório e o tráfico de pessoas continuou a existir no Brasil atual, denominada então de escravidão moderna, que difere essencialmente da anterior.
Essa foi a situação, principalmente dos negros durante séculos, não só no Brasil, mas em todos os continentes durante todas as expansões econômicas e territoriais narradas pelos livros de História.
Eles chegavam a trabalhar mais de 16 horas por dia em troca de dinheiro que era o suficiente somente para a compra de alguns alimentos e mal dava para alugar uma simplérrima cama para eles dormirem. A maioria dos escravos eram imigrantes, que acabaram se tornando reféns de exploradores, o quais trabalhavam somente para pagar dívidas que pareciam não ter mais fim.
Os escravos eram separados por suas características, como idade, sexo e condições gerais de conservação, onde eram avaliados igual a gado.
É difícil determinar o valor de cada escravo no século XIX, pois os indicadores variam muito de preço, mas acredita-se que em 1846 uma saca era comprada a 12$000 réis, já o escravo valia 350$000 réis, os escravos com habilidades chegavam a valer 715$000 reis.
Entre 1856 e 1862, em Vassouras, 1 conto de réis (1:000$000=1 milhão de réis) comprava 1 escravo. Em 1860, 1 conto de réis (1:000$000=1 milhão de réis) comprava 1 kg. de ouro.
“Conto de réis” foi uma expressão adotada no Brasil e em Portugal para indicar um milhão de réis (R$ 1.000.000 ou R$ 1.000.000). Um conto de réis correspondia a mil vezes a importância de um mil-réis (R$ 1.000), sendo assim o real 1/1.000.000 de um conto de réis em representação matemática decimal atual.
Em Portugal, por ocasião da proclamação da República, o real foi substituído pelo escudo na razão de 1 escudo por mil-réis. Mesmo após a substituição do real pelo escudo, continuou a utilizar-se a expressão “conto”, agora para indicar mil escudos.
Veja as alterações das moedas que ocorreram ao longo do tempo, para que você possa entender e converter mil-réis em real:
1 Real vale:
- 2750 crueiros reais;
- 2.750.000 cruzeiros/ cruzados novos;
- 2.750.000.000 cruzados;
- 2.750.000.000.000 cruzeiros/ cruzeiros novos;
- 2.750.000.000.000.000 cruzeiros;
- 2.750.000.000.000.000.000 réis.
Quando a escravidão foi enfim abolida, no Brasil, os negros libertos infelizmente não tiveram grandes oportunidades na vida, e foram submetidos a trabalhos marginalizados para sobreviver. Atualmente, o trabalho escravo ainda existe, mas muito tem sido feito para reverter essa situação.
Essa transformação de dinheiro esta muito vaga… é mais fácil falar que o valor era igual uma barra de ouro … ou seja aproximadamente R$200mil no ano de 2020. Isso tudo é muito triste :/
Na verdade, no Brasil, em 1888 existiam 4 milhões de negros no Brasil, com 200 mil sendo escravos. Os demais 3,8 milhões eram médicos, engenheiros, comerciantes, empresários, juízes, nobres, militares, assalariados, jornalistas, professores. Os 200 mil restantes não ficaram desempregados, eram na sua maioria senhoras idosas que trabalhavam como amas nas Casas Grande, e que foram mantidas.
e de onde vieram esses dados?