Quando você se consulta com seu médico e recebe a famosa receita, a qual não entende uma vírgula do que está escrito, então você é a maioria. Não se preocupe, afinal de contas, milhões de pessoas se sentem perdidas ao tentar entender o “garrancho” que seu médico escreveu.
Em 2007, O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas registrou cerca de 1900 casos de intoxicação por erro de administração (remédios ou doses erradas), sendo que 10% desses casos tenham haver com o indecifrável “letra do médico”.
Alguns tentam justificar que a letra é muitas vezes difícil de se compreender pelo fato de que, durante os longos períodos na universidade eles tenham que anotar muitas informações ao mesmo tempo e rapidamente.
A ausência de uma boa caligrafia dos médicos é motivo de chacotas e até indignação por muitos pacientes e profissionais da área, pois, por incrível que pareça, alguns médicos após preencher o receituário não conseguem entender o que escreveram. Claro que não podemos generalizar, pois acredita-se que somente 20% dos médicos tenham mesmo uma letra muito feia.
Caso se sinta lesado, denuncie
A lei federal, uma portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Código de Ética Médica estabelecem que as receitas devem ser compreensíveis, caso você se sinta prejudicado por alguma receita mal escrita e que ocasionou algum tipo de problema, denuncie ao Conselho Regional de Medicina.
Em 2007, o Conselho Federal de Medicina publicou um estudo em que, a maioria dos médicos trabalham em dois ou mais hospitais e que os demais chegam a trabalhar cerca de 41 a 100 semanais, extremamente estafante.
Então, concluí-se que o fato de eles viverem com pressa contribuí para que sua escrita nem sempre seja legível, e que os hábitos adquiridos na faculdade também são fatores influenciáveis na horas de preencher o receituário.
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