Os 10 lugares mais perigosos para visitar

Esses lugares não são passíveis de visitas, mesmo porque a maioria deles são locais restritos, devido a contaminações radioativas, de gases tóxicos e outros, que deixaram essas cidades impossíveis de se viver. Elas foram consideradas lugares extremamente perigosos, devido à negligência do ser humano, dos testes de armas nucleares ou até mesmo devido à mudanças climáticas, que levaram essas cidades a se tornarem inabitáveis. Veja quais são esses locais.

1. Fukushima, Japão

Em Fukushima, no dia 11 de março de 2011 ocorria um enorme desastre nuclear a Central Nuclear de Fukushima I, causado pelo derretimento de três dos seis reatores nucleares da usina.

Um tsunami provocado por um maremoto de magnitude 9,0 atingiu a central nuclear de Fukushima Daiichi, resultando em um terremoto Tohoku, no qual derreteu esses reatores.

A usina começou a liberar quantidades significativas de material radioativo em 12 de março, tornando-se o maior desastre nuclear desde o acidente nuclear de Chernobil, em abril de 1986.

De acordo com um equipe de investigação independente, as causas do acidente se deram devido ao não cumprimento de requisitos básicos de segurança, e que o desastre era previsível.

Desde o acidente, não ocorreram mortes diretamente ligada ao incidente, mas, as estimativas sugerem que milhares de pessoas podem ter câncer ao longo da década, decorrente de toda a contaminação.

2. O Mar de Aral

O Mar de Aral simplesmente virou um deserto na Região, que está próxima a Uzbequistão, Cazaquistão e Turcomenistão, e já foi considerado o quarto maior lago do planeta. Desde os anos 60 que o Mar de Aral vem perdendo grandes volumes de água. Os rios que alimenta o mar foram sobrecarregados por irrigações nas plantações de campos de algodão, ainda na época da União Soviética.

Infelizmente, o Mar de Aral chegou em níveis alarmantes devido a poluição, sendo uma grande preocupação para a saúde pública.

A destruição do lago também dizimou a indústria pesqueira local, causando grandes problemas econômicos e aumentando o desemprego para os moradores da região.

A Ilha Vozrozhdeniya costumava ser uma ilha no Mar de Aral, mas não é mais devido à enorme perda de água que deixou a área inteira somente na terra árida. No decorrer dos últimos 30 anos, o lago manteve apenas 10% do seu tamanho original.

A maioria da água evaporou no decorrer dos anos, conforme o aumento das temperaturas globais. O encolhimento do Mar de Aral foi chamado de “um dos piores desastres ambientais do planeta”, sendo agora considerado uma zona morta.

3. Zona de Exclusão de Chernobyl, Ucrânia

Um dos piores desastres nucleares de todos os tempos ocorreu na Usina Nuclear de Chernobyl em 26 de abril de 1986. Foi um acidente catastrófico na central elétrica da Usina Nuclear de Chernobil, na época, na então República Socialista Soviética da Ucrânia, que estava sob a jurisdição direta das autoridades centrais da União Soviética.

Uma enorme explosão e um incêndio lançaram grandes quantidades de partículas radioativas na atmosfera, que se espalhou por boa parte da União Soviética e da Europa Ocidental.

Após o acidente, os então separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm que arcar com o contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados com a saúde da população após o acidente. As preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética só aumentaram, forçando o governo soviético a ser menos secreto.

No final, cerca de 30 pessoas morreram devido a liberação da radiação no dia do acidente, sendo que dos 28 mortos incluía bombeiros e funcionários da usina que trabalharam para tentar apagar os incêndios e parar o vazamento de radiação.

Uma zona de exclusão foi estabelecida desde a tragédia, onde foi delimitado uma área de 30 km em todas as direções. Segundo especialistas, acredita-se que a terra não poderá ser habitada por humanos por aproximadamente 20 mil anos, mas, apesar dos riscos, alguns ucranianos se recusam a sair e permanecem dentro da zona de exclusão.

4. Centralia, Pensilvânia

Ninguém sabe ao certo como tudo começou, mas segundo informações coletadas ao longo dos anos, o episódio teria ocorrido em maio de 1962 em um aterro de lixo situado nas periferias do povoado. A prefeitura como de praxe, contratou uma empresa de controle de incêndios para limpar o aterro, só que nesse aterro existia uma antiga mina a céu aberto abandonada.

Os bombeiros amontoaram o lixo no aterro e atearam fogo deixando arder durante um longo período e apagaram as cinzas com uma mangueira posteriormente. Era o habitual, mas só que dessa vez o fogo não se extinguiu completamente, seguindo queimando no subsolo e alcançando através de um buraco a mina de carvão.

O aterro antes de entrar em funcionamento havia sido inspecionado para assegurar que todos os buracos de antigas prospecções que havia no chão fossem selados com material incombustível para evitar precisamente um possível risco de incêndio, porém, ao que parece, ninguém selou o buraco pelo qual o incêndio se estendeu até à mina.

Além dos gases tóxicos, muitos outros perigos foram assustando os moradores de Centralia. Um dono de posto de gasolina acabou entrando em desespero logo que descobriu que a gasolina no tanque subterrâneo estava com mais de 75°C e acabou fechando as portas do posto.

5. Wittenoom, Austrália

Na década de 1960, a cidade de Wittenoom na Austrália, seria a maior produtora de amianto azul no continente. Até 2013, a cidade estaria fechada devido aos níveis tóxicos de amianto azul em toda a área. À medida que os perigos do amianto ficavam mais evidentes no final da década de 1970, o governo iniciava um trabalho árduo para eliminá-lo do município. Mas, a cidade não conseguia conter a contaminação, que se tornava extremamente perigosa para a população, então a eliminação progressiva parecia ser uma boa ideia.

Até 2015, o governo australiano havia removido os serviços da cidade, deixando a de uma forma que já não existisse mais. Porém, apesar da cidade ter sido completamente desabitada, três pessoas acabaram se recusando a deixar a cidade.

6. Picher, Oklahoma

Picher, Oklahoma, é uma cidade onde pode-se sofrer intoxicação por chumbo. Devido uma ordem da EPA, a cidade teve que ser abandonada pelos moradores, uma vez que eram constantes as escavações subterrâneas em toda a cidade. Um estudo do Corpo de engenheiros do Exército descobriu que 86% dos edifícios foram prejudicados e poderiam entrar em colapso a qualquer momento.

Segundo a EPA, em 1996 foi descoberto que cerca de 34% das crianças na cidade sofreram intoxicação por chumbo. Picher apesar de ser o centro econômico de toda a região devido à abundância de mineração de chumbo e zinco teve que ser desabitada. A população da cidade era superior a 20 mil, com mais de 14 mil mineiros trabalhando. Mas os anos de escavação não regulamentada e o mau gerenciamento de resíduos deixaram a cidade inabitável.

As águas subterrâneas foram contaminadas pelas grandes pilhas de metal tóxico espalhadas pela cidade, o que não mantém as águas subterrâneas muito limpas. Depois que o governo comprou a terra e evacuou a população, o lugar se tornou um completo deserto de terra morta. O último a residir na cidade morreu poucos anos depois.

7. Atol de Bikini

O Atol de Bikini fica localizado no arquipélago das ilhas Marshall, no Oceano Pacífico. Em julho de 1946 foram realizadas diversas explosões atômicas experimentais pelo Estados Unidos após ser invadida durante a Segunda Guerra Mundial. Também conhecido como Atol de Pikini, é um atol desabitado, devido a radioatividade resultante das explosões atômicas, de 6 km² localizado na Micronésia, no Oceano Pacífico. No local foram lançadas mais de 20 bombas de hidrogênio e bombas nucleares, entre julho de 1946 e 1958.

A população nativa foi transferida para o Atol de Rongerik antes da realização dos testes nucleares. No fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970, mas, alguns dos antigos moradores do Atol de Bikini acabaram retornando das Ilhas Kili, porém foram novamente transferidos, devido a alta radioatividade.

As ilhas permanecem inabitáveis, mas, ainda existem pessoas residindo nelas. Eles se dizem cuidadores da ilha, onde testam regularmente o solo e trabalham em métodos de limpeza para reduzir o impacto radiativo.

8. Gilman, Colorado

Gilman é uma cidade mineira abandonada no sudeste do Condado de Eagle, Colorado, Estados Unidos. Fundada em 1886 durante o Colorado Silver Boom , a cidade tornou-se mais tarde um centro de mineração de chumbo e zinco.

A cidade foi abandonada em 1984, por ordem da Agência de Proteção Ambiental (EPA no século XX por causa de poluentes tóxicos, incluindo à contaminação das águas subterrâneas, devido a práticas precárias de retirada de zinco, chumbo, cádmio, arsênico e sulfetos.

Atualmente, é uma cidade fantasma em propriedade privada e está estritamente fora do alcance do público. No momento do abandono, as operações de mineração eram propriedade da Viacom International.

A cidade nunca foi populosa, onde teria somente cerca de 300 pessoas residindo nela. Após o ocorrido, a cidade foi considerada inabitável, por comportar substâncias perigosas, de acordo com o site Superfund, que é um programa federal que identifica áreas contaminadas.

Por enquanto, a cidade parece muito bem como quando foi abandonada. O vandalismo destruiu todos os painéis de vidro, mas as casas, a pista de boliche e até mesmo os automóveis pessoais permanecem abandonados na cidade fantasma.

9. Zona Desmilitarizada da Coréia

Zona Desmilitarizada da Coreia (ZDC) é uma faixa de segurança que protege o limite territorial de tréguas entre as repúblicas coreanas, estabelecido em 1953 e que constitui a fronteira entre os dois países.

Esta zona, feita especificamente para a contenção militar, é de carácter hostil e praticamente despovoada. Em 1970, foram descobertos três túneis que se usavam para espionagem e, vinte anos depois, encontrou-se outro, todos construídos por militares da Coreia do Norte.

É um trecho de terra entre as fronteiras da Coréia do Norte e da Coréia do Sul, que também poderia ser chamada de terra de ninguém. Dentro do trecho de 250 quilômetros, que tem cerca de 4 quilômetros de extensão, e existe a maior acumulação de minas terrestres no planeta.

Entrar na DMZ é um risco para qualquer pessoa. Enquanto as incursões no território um do outro acontecem de vez em quando, poucas pessoas conseguem entrar e sair da fronteira com segurança. Ambas as facções militares constantemente patrulham a fronteira de cada lado, então atravessar é extremamente difícil.

10. Ilha Gruinard, Escócia: Teste de Anthrax

Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, a Inglaterra foi bombardeada pelos alemães, e o governo britânico se preparou para utilizar armas biológicas. Os funcionários não pensaram nos poucos habitantes da ilha na costa da Escócia, e verificaram a viabilidade de um ataque de armas biológicas usando o antraz. Por isso, era necessária uma ilha remota e desabitada.

O governo britânico definiu a Ilha de Gruinard como um local ideal para testar, e comprou o local a partir de um proprietário privado, mas, infelizmente diversos cadáveres de animais foram infectados com antraz e começaram a se espalhar pela costa da Escócia, e, consequentemente, infectando outros animais.

Anos mais tarde, a ilha foi limpa com formaldeído. Embora o governo ter considerado a ilha segura para moradia, alguns especialistas afirmam que ela jamais poderá ser habitada novamente.

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