Tropicália, tropicalismo ou movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro na década de 60 que surgiu sob a influência das correntes artísticas da vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira, misturando manifestações tradicionais da cultura brasileira, a irreverência, o deboche, a improvisação e a inovações estéticas radicais.
Tinha objetivos comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob a ditadura militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Torquato Neto, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé); manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas (destaque para a figura de Hélio Oiticica), o cinema (o movimento sofreu influências e influenciou o Cinema novo de Gláuber Rocha) e o teatro brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa).
Um dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano Veloso, denominada exatamente de “Tropicália”. Foi uma forma de se expressar sobre a Ditadura Militar.
As canções causavam polêmica em uma classe média universitária nacionalista, que era contrária às influências estrangeiras nas artes brasileiras. O movimento chega ao fim em dezembro de 1968, com a decretação do Ato Institucional nº5 (AI-5). E os líderes Caetano e Gil são presos e, depois, exilam-se na Inglaterra.
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