Essa é mais uma nova descoberta no mundo da ciência.
Vamos para as pesquisas realizadas e suas conclusões.
Em cada cromossomo existe um corpo, o telômero, uma extremidade livre de um cromossomo, formada por sequências repetidas de DNA, cuja função é garantir que cada ciclo de replicação seja completa. Porém, cada vez que o cromossomo é duplicado, o telômero diminui e fica mais próximo da extremidade do mesmo e, quando ele está na extremidade do cromossomo e curto demais, a célula não consegue mais duplicar-se, morrendo.
Baseado nesse fato e no raciocínio de que descobrir o quão perto estão os telômeros da extremidade do DNA daria uma estimativa do quanto você ainda poderia viver, uma hipótese já confirmada devido aos estudos realizados em animais. A empresa espanhola Life Length já está realizando esse teste em vários países.
Como é realizado o teste?
A pessoa que tiver interesse, deve preencher um formulário com um questionário sobre sua saúde, e retirar uma amostra de 5 ml de sangue, que será usado para determinar a porcentagem de células com telômero curto.
O Formulário e a amostra são entregues a um representante da Life Length, e o resultado é totalmente confidencial, e em poucos dias ele é entre ao paciente. O teste ainda não chegou no Brasil, pois não tem nenhum representante da empresa aqui.
A professora Carol Greider, que ganhou um prêmio Nobel por seu trabalho com telômeros em 2009, acredita que a maioria das pessoas não terá benefício algum com esses testes – o grupo de 1% de pessoas testadas, as que tem os telômeros mais curtos, já estão correndo o risco de doenças como fibrose pulmonar ou falência da medula, mas ela não vê como os outros 99% poderiam se beneficiar do teste.
De qualquer forma, já existe uma polêmica relacionada ao teste junto às seguradoras, pois, elas poderiam utilizar o resultado para delimitar o valor do prêmio (o que o segurado paga para a seguradora) a ser pago pelos segurados.
Quanto mais alto o risco, maior o prêmio, ou seja, você teria que pagar um valor maior pelo seguro, o que já ocorre com jovens do sexo masculino. Um teste genético destes poderia dar às seguradoras mais um motivo para cobrar um prêmio maior de seus clientes que tem risco maior de falecer durante a vigência do seguro.
Atualmente, existe uma moratória que impede que as seguradoras utilizem testes genéticos para calcular prêmio de seguro, mas esta moratória termina em 2017.
Esse teste pode ser uma faca de dois gumes, porque as empresas de seguro temem que clientes potenciais desistam de fazer seguro de vida caso um teste genético destes aponte que o provável prêmio a ser pago seja muito alto.
O teste chega a custar cerca de R$ 2.188,00 (£ 650), mas a empresa espera que ele custe dez vezes menos até 2017. Mais de 1.000 pessoas pelo mundo todo já fizeram o teste, e só para o próximo ano já existem cerca de mil clientes agendados, somente no Reino Unido.
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