Isabel Báthory também conhecida como Elisabete Báthory nasceu em Nyírbátor uma cidade no condado de Szabolcs-Szatmár-Bereg, na Hungria em 7 de agosto de 1560 e faleceu em Csejte na Eslováquia em 21 de agosto de 1614. Filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu em uma época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território húngaro.
Ela foi uma condessa húngara da renomada família Báthory que entrou para a História por supostas séries de crimes hediondos e cruéis que teria cometido, vinculados a sua obsessão pela beleza. Devido a essas barbáries, a condessa ficou conhecida como “A condessa sangrenta” e “A condessa Drácula”.
A maior parte de sua vida adulta foi passada no Castelo de Csejte, no oeste da atual Eslováquia. Os Báthory faziam parte de uma das mais antigas e renomadas famílias da Hungria.
Quando criança, a condessa sofreu doenças repentinas, acompanhadas de intenso rancor e comportamento incontrolável. Vaidosa e bela, Isabel ficou noiva do conde Ferenc Nádasdy aos onze anos de idade, passando a viver no castelo dos Nádasdy, em Sárvár. Mas, em 1574 com apenas 14 anos de idade ela engravidou de um camponês, fruto de uma traição. O bebê foi dado a um casal de camponeses, ao que se supõe pagos pela família Báthory para que fugissem do reino com a bastarda.
O casamento com o conde aconteceu em maio de 1575, como Nadasdy era militar, raramente ficava no castelo, devido inúmeras missões, então a condessa começou a se sentir muito sozinha, foi onde começou a despertar suas tendências sádicas com o disciplinamento de um grande contingente de empregados, principalmente mulheres jovens.
O nível de crueldade de Isabel começou a ficar evidente, assim como seu comportamento cruel e arbitrário com os seus criados. Ela não se satisfazia em cumprir apenas uma punição, ela se realizava cometendo barbaridades, como torturas horripilantes que chegavam a levar a pessoa até a morte.
Uma de suas torturas era espetar alfinetes em diversas partes do corpo da vítimas onde existiam pontos sensíveis, como, por exemplo, sob as unhas ou nos mamilos. No inverno, ela executava suas vítimas deixando as nuas e andando pela neve, alem disso, despejava água gelada para que elas morressem congeladas.
Mas não era somente Isabel que gostava de cometer essas atrocidades, seu marido também possuía um comportamento sádico, e até lhe ensinou algumas modalidades de punição, como o despimento de uma mulher e o cobrimento do corpo com mel, deixando-o à mercê de insetos.
Outros crimes cometidos pela condessa
O conde Nádasdy morreu em 1604, mas anos após sua morte, a condessa encontrou uma aliada para seus crimes, uma mulher conhecida como Anna Darvulia, de quem não se tem muita informação. Muitos afirmam que Darvulia teria sido uma sábia e temida ocultista, alquimista e provavelmente uma praticante de rituais de magia negra, a qual dizia ter sido amante da condessa.
Mas, quando Darvulia faleceu aproximadamente em 1609, Isabel se juntou a Erzsi Majorova, uma viúva de um fazendeiro local, seu inquilino. Majorova parece ter sido a responsável pelo pouco que restava de sua sanidade, e a encorajou a beber sangue de mulheres de estirpe nobre. Em 1609, ela matou uma jovem nobre e encobriu o fato dizendo que fora suicídio.
Isabel, ao longo de sua carreira sanguinária, contou com quatro fiéis cúmplices, Janos, um jovem demente mental que a ajudava no ocultamento dos cadáveres e no funcionamento dos instrumentos de tortura, Helena Jo, ama dos filhos de Isabel e enfermeira do castelo, Dorothea Szentos, uma velha governanta e Katarina Beneczky, uma jovem lavadeira acolhida pela condessa.
Julgamento, prisão e morte de Isabel
No início do verão de 1610, começaram as suspeitas reais de Isabel e uma intensa investigação de seus possíveis crimes. Mas, o objetivo final das investigações não era o de conseguir condenar a condessa, mas o de confiscar seus bens e suspender o pagamento da dívida contraída ao seu marido pelo rei Matias II.
Após essas investigações, a condessa finalmente foi presa no dia 26 de dezembro de 1610. Seu julgamento iniciou alguns dias depois, conduzido pelo Conde Thurzo, ironicamente, seu primo. Uma semana após a primeira sessão, foi realizada uma segunda, em 7 de janeiro de 1611 e como prova de seus crimes, foi apresentado uma agenda que teria sido encontrada nos aposentos da condessa, onde constavam mais de 650 vítimas, todos registrados com a sua própria letra.
Isabel não compareceu em seu julgamentos. Seus cúmplices foram todos condenados à morte, exceto Katarina que teria tido sua vida poupada devido ser amante de um dos juízes.
A condessa foi condenada a passar o resto de sua vida em uma solitária, onde foi encarcerada em um aposento no castelo de Čachtice, sem portas ou janelas. A única forma de comunicação com o mundo exterior era de apenas uma pequena abertura para a passagem de ar e dos alimentos.
Passados três anos após ter sido condenada a prisão perpétua, a condessa foi encontrada morta em 21 de agosto de 1614, sem uma causa aparente, mas acredita-se que ela tenha morrido de fome, pois foram encontrados diversos pratos de comida intactos.
Julgamento e documentos
No julgamento em si, não foi apresentado nenhum tipo de documento que comprovasse suas torturas e mortes, então, sua condenação teria sido a partir de relatos de várias testemunhas. Outra coisa, a confissão de seus cúmplices ocorreram sob tortura. Após sua morte, os registros de seus julgamentos foram lacrados, uma vez que a revelação de seus atos poderiam constituir em um enorme escândalo na comunidade húngara reinante. O rei húngaro Matias II até proibiu que o nome da condessa fosse mencionado nos círculos sociais.
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