Santo do pau oco é uma expressão popular utilizada no Brasil para designar pessoas dissimuladas, cuja origem mítica é derivada de aspectos históricos.
Segundo o imaginário popular, o santo do pau oco era, nas regiões mineradoras brasileiras e durante o período colonial, um símbolo do contrabando do ouro em pedra ou pó ou de diamantes, ou seja, no século XVII, as esculturas de santos vinham de Portugal e muitas delas eram feitas de madeiras e ocas por dentro, então, essas imagens eram utilizadas como esconderijo aos olhos do fisco.
Governadores, escravos e clérigos estavam envolvidos nesse tipo de contrabando, além também dos donos de minas e os grandes senhores de terras, para esconder suas fortunas e assim escapar dos pesados impostos cobrados pelo rei de Portugal.
As maiores, geralmente, eram mandadas para parentes de outras províncias e até para Portugal como se fossem simples presentes, levando grandes somas escondidas em seus interiores.
Essa versão é tida como lenda, assim como muitas histórias em Minas derivadas desse tipo de imagem, com pouca comprovação dessa utilização. Provavelmente, esse tipo de imagem era feito pelos mesmos motivos que na Europa, onde, desde a Idade Média, as esculturas em madeira eram escavadas para que as peças rachassem menos e ficassem mais leves.
Este procedimento pouco católico, deu origem à expressão ‘santo do pau oco’.
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