Raio ou descarga elétrica atmosférica (DEA) é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre na atmosfera, entre regiões eletricamente carregadas, e pode dar-se tanto no interior de uma nuvem (intra-nuvem), como entre nuvens (inter-nuvens) ou entre uma nuvem e a terra (nuvem-solo).
O raio normalmente sempre vem acompanhado do relâmpago, que é uma intensa emissão de radiação eletromagnética também visível, e do trovão, que é aquele som estrondoso que assusta muitas pessoas, além de outros fenômenos associados.
Embora sejam mais frequentes descargas dentro das nuvens e entre duas nuvens, descargas entre nuvens e a terra são de maior interesse prático para os seres humanos. A maior parte ocorre na zona tropical do planeta e principalmente sobre as terras emersas, associados a fenômenos convectivos, dos quais, quando é intensa a atividade elétrica, resultam as trovoadas.
Raios no Brasil
Mas, você sabia que o Brasil é o País mais atingido por raios em todo o mundo? De acordo com um levantamento feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o País tem a maior porcentagem de mortos por esse tipo de incidente e sofre mais prejuízos econômicos em decorrência de tempestades elétricas do que os demais países.
O território brasileiro é o mais atingido por raios, sendo cerca de 70 milhões por ano, ou seja, duas ou três descargas elétricas por segundo, de acordo com o coordenador do Grupo de Eletricidade, Osmar Pinto Júnior.
Como citado acima, os raios mais frequentes acontecem nas regiões tropicais, e o Brasil é o maior país tropical, portanto, sendo mais fácil de ser atingido.
Essas descargas elétricas naturais chegam a causar um prejuízo anual de US$ 200 milhões ao País, em danos nas linhas de distribuição e transmissão de energia, redes de telefonia, indústrias, telecomunicações, propriedades privadas e também em vidas.
Todo ano no Brasil, cerca de 300 pessoas são atingidas por raio, sendo desse total, mais ou menos 100 mortes todo ano no País. Esse índice equivale a 10% de todas as mortes relacionadas com descargas elétricas no mundo, essas que não morrem, acabam ficando com diversas sequelas.
Há quatro anos, o INPE em parceria com a Nasa monitora os raios com um sensor no espaço. O INPE elaborou um mapa que mede a ocorrência dos raios, além disso, ainda aponta as regiões do País que são mais atingidas. Segundo esses estudos, conclui-se que a região mais afetada é da do sul do Mato Grosso do Sul, onde são registradas cerca de 20 descargas por quilômetro quadrado ao ano.
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