Jack, o Estripador é o pseudônimo mais conhecido para designar um famoso assassino em série não identificado que atuou na periferia de Whitechapel, distrito de Londres, e arredores em 1888. O nome “Jack, o Estripador” se originou de uma carta escrita por alguém que alegava ser o assassino e a qual foi amplamente divulgada pela imprensa da época.
Acredita-se que a carta seja falsa e talvez tenha sido escrita por jornalistas em uma tentativa de aumentar o interesse sobre o caso e consequentemente, vender mais jornais. O homicida também foi chamado de o “Assassino de Whitechapel” ou “Avental de Couro” enquanto os assassinatos ocorriam, mas alguns jornalistas contemporâneos ainda utilizam tais denominações.
Os ataques atribuídos a Jack, o Estripador tipicamente envolviam prostitutas que viviam e trabalhavam nos bairros pobres de East End, cujas gargantas eram cortadas para então sofrerem cortes abdominais. A remoção de órgãos internos de ao menos três vítimas levantaram a possibilidade do assassino ter algum conhecimento de cirurgia e anatomia.
Diário encontrado
Em 1992, um antiquário chamado Michael Barrett, anunciou que havia encontrado um documento muito valioso. Era um diário escrito de 900 páginas por um vendedor de algodão de Londres chamado James Maybrick, que chegou a confessar que teria sido o Jack, o Estripador.
Mas, essa afirmação não chegou a prevalecer por muito tempo, uma vez que o próprio Barrett finalmente confessou que tudo não passava de uma mentira, mas, posteriormente voltou a se retratar. Barrett então não passou credibilidade nas afirmações relatadas no livro, pois as pessoas que estudaram o caso mais a fundo, dizem que o comerciante possuía uma personalidade muito fantasiosa e constantemente fantasiadas.
Ao longo dos anos, supostos Jack, O Estripador surgiram e milhares de teorias também, mas, somente após 120 anos de mistérios que finalmente parece ter sido revelada a identidade real do serial killer Jack, o Estripador. Os crimes com requintes de crueldade chocou a cidade de Londres e até hoje esse assassino em série é lembrado.
Muitas pessoas foram apontadas como suspeitas, desde pessoas comuns à grandes celebridades, como o caso do pintor Walter Sickert e até mesmo do autor de Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll. A polícia na época era descabida de tecnologia, portanto, recolher provas era algo muito difícil, então, diversas teorias e pessoas foram apontadas como suspeitas, mas em nenhum momento foram encontradas provas condizentes.
Verdadeiro culpado
Mas, com o tempo, a tecnologia foi surgindo e hoje a história é bem diferente, pois existe o recurso do exame de DNA, onde um aficionado pelo tema, Russel Edwards, comprou o xale de Catherine Eddowes em um leilão ocorrido em 2007, para que pudesse encontrar algum vestígio do verdadeiro assassino.
Edwards confirma que o real assassino foi Aaron Kosminski, um imigrante de 23 anos de origem polaca (polonês) que chegou a Londres na década de 1880 e que vivia com sua irmã e sua mãe. Kosminski, era barbeiro, porém estava desempregado há muito tempo. Na época, ele não teria sido descartado pela policia, pelo contrário, sempre esteve entre os principais suspeitos.
O que se sabe ao certo é que ele tinha graves problemas psicológicos, provavelmente esquizofrenia, e sofria alucinações. Ele era descrito como misógino. Acredita-se que ele tenha tido um grande ódio pelas mulheres, com fortes tendências homicidas. Mas mais tarde ele foi internado em uma sequência de manicômios, onde morreu no hospício de Leavesden, aos 53 anos, pesando apenas 44 quilos em 1899 depois de contrair gangrena na perna.
Exame de DNA
Edwards pediu a ajuda a um especialista de DNA, Jari Louhelainen, para sequenciar os possíveis vestígios deixados nesta peça de roupa encontrada então na época na cena do crime. Foi realizado então uma comparação com o DNA da tataraneta da vítima para comprovar sua veracidade.
Jari Louhelainen é professor de biologia molecular numa universidade de Liverpool e através de um técnica inovadora ele conseguiu sequenciar DNA mitocondrial que sobreviveu no xale por mais de 100 anos. O xale foi retirado da cena do crime na época pela polícia, onde permaneceu intacto até 2014.
A vítima era uma alcoólatra e provavelmente venderia qualquer coisa para obter bebida, então, na noite anterior de sua morte, Eddowes foi encontrada bêbada na rua pela polícia. Outro fato que sustenta o resultado do especialista de que o xale teria sido confeccionado no leste europeu, outra circunstância que liga o objeto à Kosminski.
Mas, o fato mais curioso foi o de ter descoberto manchas de sêmen no xale, e após rastrear um descendente da família de Kosminski, ficou comprovado com 100% de certeza de que a amostra era realmente dele, segundo Edwards.
Kosminski chegou a ser interrogado e seu comportamento estranho teria levantado diversas suspeitas, porém, sem provas não teve o que fazer. Apesar de a polícia nunca ter reunido provas suficientes para prender Kosminski, mesmo com a identificação de uma testemunha, ela o manteve sob vigilância 24 horas por dia até ele dar entrada num hospital psiquiátrico.
De qualquer maneira, o estado de saúde de Kosminski se deteriorou e ele foi internado em uma sequência de manicômios, onde morreu no hospício de Leavesden, aos 53 anos, pesando apenas 44 quilos em 1899 depois de contrair gangrena na perna.
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