Quando o avião cai, as pessoas morrem antes da queda?

Bom, isso depende muito do tipo de acidente, pois existem aqueles que explodem no ar, se desintegram, ou simplesmente caem no solo ou no mar. Segundo alguns especialistas, a maioria das pessoas não chegam a vivenciar totalmente a tragédia final. Muitas acabam nem sabendo ao certo ao que está acontecendo.

No calor da situação, o organismo libera um neurotransmissor, também conhecido como adrenalina que faz com que a pessoa não sinta dor nenhuma durante a situação.

Quando as pessoas morrem antes do impacto do avião com o solo, acabam desmaiando devido à súbita despressurização (falta de oxigênio), então acabam não sentindo e não vendo nada. Se pegar fogo antes de cair, as pessoas morrem sufocadas ou carbonizadas, antes de cair, mas acreditasse que a morte mais comum seja do impacto com o solo.

Os fatores são diversos, pois se ela não morre de um jeito, acaba morrendo de outro.

1. O fogo da explosão carboniza a pessoa;
2. Dependendo da posição em que a pessoa se encontra, pode quebrar ou afetar gravemente algum órgão vital;
3. Algum objeto pode atingi-la em uma velocidade inesperada;
4. A pressão e a inércia de quando o avião está caindo pode afetar o coração de alguma vítima;
5. O peso e o impacto com que o avião cai.

Enfim, são alguns fatores que levam a crer que é mais difícil a pessoa estar consciente quando o avião cai, é por isso que é muito difícil de se ter sobreviventes em um acidente aéreo.

Voo 402 da TAM, 1996

No acidente com o voo 402 da TAM que ocorreu dia 31 de outubro de 1996, o avião fazia uma rota comercial doméstica muito comum, utilizando um Fokker 100, entre o Aeroporto de Caxias do Sul e o Aeroporto de Congonhas em São Paulo.

Enquanto o avião decolava do Aeroporto de Congonhas, o reversor de empuxo de um dos motores foi acionado, fazendo com que a aeronave perdesse velocidade e sustentação, caindo na Rua Luís Orsini de Castro. Todos os 96 passageiros e tripulantes a bordo e mais três pessoas em solo morreram.

De acordo um relatório divulgado em dezembro de 1997 pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, órgão filiado à Força Aérea Brasileira, a principal causa do acidente seria o acionamento do reversor de empuxo durante a decolagem, devido a manutenção inadequada aplicada pela empresa, o que causou a perda e sustentação e consequentemente a queda da aeronave.

Para ter uma ideia da situação, o avião estava subindo a uma velocidade maior que 400 km/h e de repente começou a cair na mesma proporção, então, a tendência (inércia) seria deles serem lançados das poltronas. Mas, o cinto dos passageiros de 2 pontas acaba detendo o passageiro em sua poltrona.

Mas, o que aconteceu? O corpo de cada passageiro foi “esticado”, de forma a causar uma fratura fatal na coluna da pessoa. Logo eles desmaiaram e nem chegaram a ver que estavam morrendo. Já no caso dos pilotos a situação é diferente, pois eles tem cintos de 4 pontas na cabine. Então, é muito provável que eles tenham visto tudo acontecer, que estariam prestes a morrer, e morreram logo após a explosão.

Voo 1907 da Gol, 2006

Um dos piores acidentes aéreos da história do Brasil ocorreu no dia 29 de setembro de 2006. Um boeing da Gol colidiu no ar com um Embraer Legacy 600 e caiu, na região de Peixoto de Azevedo, a 692 km ao Norte de Cuiabá. As 154 pessoas que estavam a bordo, entre tripulantes e passageiros morreram.

Eles colidiram a uma altitude de cerca de 11 000 metros. O winglet esquerdo do Legacy cortou cerca de metade da asa esquerda da aeronave da Gol. Isso fez com que o Boeing 737 perdesse sustentação, o que rapidamente levou a aeronave a cair em alta velocidade, girando, e colidir com uma área de densa floresta tropical. Todos os 154 passageiros e tripulantes a bordo morreram e a aeronave foi destruída.

Nesse acidente, especialistas afirmam que nenhum ocupante do Boeing 737 estava com vida no momento em que o avião se chocou com o solo. Acredita-se que eles entraram em estado de inconsciência mediante a falta de pressão e oxigênio a 11 mil metros de altitude. A pressão cai instantaneamente, não dando tempo do passageiro pegar as máscaras do socorro, e com uma velocidade de mais de 800 km/h, qualquer falha estrutural ou colisão pode desfazer uma aeronave em poucos minutos e os passageiros ficarem sem ar.

As pessoas saíram de um ambiente a 21º C para outro a -52º C. Fatalmente morreram congeladas, sem ar, e tiveram um colapso cardiorrespiratório, segundo o professor no curso de medicina da Unifesp, Ronaldo Laranjeira. Mesmo que não tivesse existido a despressurização do avião durante a queda, acreditasse que eles tentam morrido congelados.

Para ele, o provável rompimento da fuselagem teria provocado uma descompressão brutal, que causou a perda dos sentidos e a morte quase que imediata dos passageiros.

Voo 3054 da TAM, 2007

No caso do acidente da TAM no Aeroporto de Congonhas, o avião fez a aproximação na pista e tocou o solo sem danificar os passageiros. Porém, por não conseguir parar a aeronave, a mesma colidiu com um edifício, matando todos os passageiros. Nesse acidente as pessoas morreram da mesma forma como se morre em uma batida de carro, só que em um escala bem maior.

O voo TAM 3054 partiu do Aeroporto Internacional de Porto Alegre com destino o Aeroporto de Congonhas, mas em 17 de julho de 2007, ao tentar pousar no aeroporto de Congonhas, a aeronave não conseguiu frear, ultrapassou os limites da pista e colidiu com o prédio da TAM Express e com um posto de gasolina da Shell. Todos os 187 passageiros e tripulantes a bordo do A320 mais doze pessoas em solo morreram. É o acidente aéreo com mais mortes na história da aviação brasileira.

Em setembro de 2009, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos teve seu relatório final divulgado, apontando como causas principais do acidente o erro do piloto, ao configurar irregularmente os manetes, falta da infraestrutura aeroportuária brasileira, faltando groovings (ranhuras) na pista de Congonhas e autonomia excessiva aplicada aos computadores da aeronave.

Voo 447 da Air France, 2009

Acidente com o Airbus A330-203 ocorreu na rota entre o Rio de Janeiro e Paris no Oceano Atlântico matando 228 pessoas, sendo 216 passageiros e 12 tripulantes.

O relatório final do órgão responsável pela investigação em Paris constatou uma série de erros da tripulação, mas minimiza o fato de que o computador de bordo do aparelho forneceu comandos contraditórios à tripulação.

A aeronave perdeu as indicações de velocidade causada pelo congelamento das sondas pitot, situadas na parte externa da aeronave, o piloto automático foi desligado e o Airbus passou para o modo manual. Neste momento, ao invés de manter a estabilidade, o piloto efetuou o comando incessante de subida do aparelho, levando o alarme de “stall”, perda de sustentação do voo, ser acionado. Segundo o BEA, essa atitude degradou a situação e acentuou a perda de sustentação do voo.

Ao atingir a altitude de 38 mil pés, o avião saiu completamente do seu domínio de voo e começou a cair, enquanto a tripulação continuava mantendo a ordem para subir. De acordo com os investigadores, após o problema o avião demorou apenas quatro minutos para cair e se chocar com o Oceano Atlântico.

Segundo o relatório final, as máscaras de oxigênio não caíram, não houve registro de chamada dos comissários de bordo e de que nem todos os passageiros estavam com o cinto de segurança atado, sendo que esse é um procedimento comum quando o avião passa por uma zona de turbulência. De acordo com o documento, os passageiros teriam jantado e muitos já estariam dormindo.

Os especialistas disseram que não houve despressurização da aeronave, o que significa que os passageiros não puderam sentir a queda do avião. As telas à frente dos assentos do avião funcionaram normalmente no momento da queda, e há a possibilidade de que alguns passageiros tenham acompanhado as informações sobre o voo, sua queda súbita de altitude e o seu aumento da velocidade antes de colidir com o mar. Então eles afirmam que com toda certeza a morte se deu devido a colisão.

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