Posteriormente, os caçadores que utilizavam cães em suas caçadas, principalmente os da raça Doberman passaram a praticar a caudectomia – amputação ou corte da cauda de caninos – para diminuir a área de atrito dos cães e supostamente diminuir sua vulnerabilidade. Para ser mais específico, eles cortavam seus rabos e orelhas simplesmente para dificultar o ataque de outros cães nessas determinadas áreas que são bastante propensas a sangramentos e infecções.
Segundo especialistas veterinários, o corte da cauda desses animais causam um desequilíbrio psicológico nos cães, uma vez que a cauda é utilizada por eles para se comunicarem com outros cães e até com os seus donos, portanto, esse tipo de cirurgia é uma “mutilação”.
Além da caudectomia, também existe a Conchectomia, também conhecida como conchotomia, que consiste em realizar o corte das orelhas de cães, normalmente somente para fins estéticos. Evidências apontam que esse tipo de prática tenha surgido à cerca de 2 mil anos atrás e era originalmente realizada em grandes cães que guardavam rebanhos, o corte servia como proteção ao cães no combate contra predadores.
Leis de proibição
O Conselho Federal de Medicina Veterinária decidiu por meio da Resolução nº 1027, de 18 de junho de 2013, a proibição da prática de caudectomia. Só se permite a amputação para remover ferimentos muito graves ou tumores, portanto, no Brasil não é mais permitido realizar tal procedimento, pois muitas vezes ele não era realizado por um médico veterinário, e pior ainda: era feito em casa mesmo e sem anestesiar o animal.
Já a conchectomia, antes realizada livremente, foi proibida no Brasil em 2008 pela resolução 877 do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária), Artigo 7º, §1º. É considerada, desde então, como mutilação de animais. Ainda bem que tivemos pessoas que lutaram pelos direitos desses animaizinhos indefesos, pois esse tipo de prática é uma barbárie realizada sem necessidade, apenas por estética. Infelizmente, ainda existem pessoas que utilizam esse tipo de prática clandestinamente, porém, já tivemos grandes avanços.
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