As borboletas tem um ciclo de vida que consiste em quatro fases: ovo, larva, pupa e imago (fase adulta). Os fósseis mais antigos conhecidos de borboletas são do meio do Eoceno, entre 40-50 milhões de anos atrás.
A lagarta leva poucos dias para se tornar uma maravilhosa borboleta. Enquanto ela ainda é uma lagarta, o único trabalho deste bichinho é se alimentar e fazer reserva de comida. Quando elas conseguem fazer reservas suficientes não comem mais e vão em busca de um local seguro para se transformarem em uma pupa, também denominada de crisálida, que é o estágio intermediário entre a larva e o adulto. Uma pupa nunca come e raramente se locomove.
Processo
O interessante ocorre mesmo de dentro do casulo construído para proteger todo o processo de sua metamorfose. A transformação em si é impressionante. Imagine uma garrafa PET que foi para uma empresa de reciclável e provavelmente se tornará uma peça totalmente diferente do que se era inicialmente, então, é isso que ocorre dentro de um casulo: uma reciclagem!
Dentro do casulo, uma grande parte do corpo da lagarta é atacada pelo mesmo tipo de suco ácido, usado para digerir a comida ingerida na fase de lagarta, os tecidos aos poucos vão sendo danificados de dentro para fora em um processo conhecido como histólise, onde quase toda a estrutura da larva é destruída e novos órgãos são formados, diferentes dos anteriores.
Células
Porém, nem tudo é destruído, sendo que uma parte do tecido antigo ainda será utilizado. Algumas células antigas são do tipo indiferenciadas, isso significa que são como as células-tronco, que podem se transmutar em qualquer tipo de célula, onde elas permaneceram adormecidas na fase de lagarta.
Essas células são imprescindíveis para elas se tornarem uma futura borboleta. Para isso, elas passam por um processo bioquímico chamado de histogênese, onde constroem construindo sucessivamente novos músculos, um novo coração e um novo sistema digestivo.
Durante esse período, apesar de ter ocorrido a fase de destruição e restauração, a borboleta não pode excretar nada, e assim, todas as fezes que se acumularam durante esse período só poderá ser liberada quando o casulo se romper e deixar ali a sujeira.
Esse processo requer muita energia. Uma série de mobilidade força a pele velha contra a direção oposta à cabeça. Os movimentos são lentos, porém fortes e pontuais. O tempo de transformação e emersão depende muito de cada espécie. Para finalizar o processo, a borboleta ocasiona rachaduras no casulo para se desprender dele.
Quando ela enfim consegue se libertar, libera o mecônio, que são as primeiras fezes acumuladas, e então expande as asas para bombear o líquido hemolinfático para as veias da asa e fica no aguardo do endurecimento das asas que lhes permitem voar.
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