Por incrível que pareça, o café mais caro do mundo é feito das fezes de um mamífero, conhecido como civeta. A civeta é um pequeno mamífero, maior que um gato, porém menor que um cachorro. Esse animal é encontrado na Indonésia e sua alimentação consiste basicamente do fruto do café e insetos.
Ele vem da família Viverridae, que são mamíferos carnívoros, incluindo as civetas, ginetas e aliados. São animais pequenos e leves, geralmente arborícolas, animais cuja vida se dá principalmente nas árvores, tais como muitos primatas, aves, cobras e insetos.
Seu habitat mais comum é a floresta tropical, mas vivem também em savanas e nas áreas em torno do mar Mediterrâneo.
Origem do café das fezes da civeta
Kopi Luwak, ou também conhecido como café de civeta, é produzido com grãos de café extraídos das fezes da civeta. O processo de coleta de grãos em fezes de civeta acontece em Madagascar e nas Filipinas (onde o produto é chamado de Kape Alamid). No Vietnã existe um tipo similar de café, chamado Weasel Coffee, que possui grãos que foram defecados por doninhas, pequenos mamíferos carnívoros das famílias dos mustelídeos e dos mefitídeos.
No Brasil, existe ainda um café colhido das fezes do jacu, uma ave originária da América do Sul. O jacu come o grão maduro no pé, o organismo da ave aproveita a polpa e o mel e descarta o coco, que sai no estruminho dela, daí, é fabricado o café.
Processo de fabricação
A civeta seleciona os grãos antes de ingeri-los, mas apenas a polpa é digerida, e a semente passa intacta pelo sistema digestivo do animal. Durante a digestão, as bactérias e enzimas únicas do animal tornam-se os responsáveis pela diferença de qualidade do café industrializado.
A produção limitada dos grãos (menos de 230 quilos por ano) é o motivo de sua raridade e consequentemente seu alto preço, aproximadamente U$ 900/kg do grão, sendo assim, um dos mais caros café do mundo. Ele é principalmente vendido no Japão, na Europa e nos Estados Unidos. Uma xícara de café preparado com Kopi Luwak pode chegar a custar 50 libras esterlinas no Reino Unido. Para aqueles que tiveram a oportunidade de experimentar esse café, descreveram seu sabor como “uma mistura de chocolate e suco de uva, bem menos ácido e amargo do que os outros cafés convencionais”.
Em 2004, a síndrome respiratória aguda grave infectou milhares de civetas na China e causou um grande extermínio, porém, a demanda pelo café não foi afetada.
As cerejas do café são cuidadosamente selecionadas pelo animal, mas o trato digestivo é capaz de digerir somente a polpa e as sementes saem através das fezes inteiras. Este processo deveria funcionar como uma forma de originar outros pés de café por aí, mas o homem descobriu que estas sementes depois de limpas, torradas, moídas e peneiradas originam um café com sabor excêntrico e único.
De acordo com alguns especialistas, as bactérias e as enzimas singular do civeta tornam-se as principais responsáveis pela diferença de qualidade do grão.
Os defensores dos animais acreditam que para a obtenção do café, acaba prejudicando de certa forma o animal, mas outros já dizem que para a obtenção das fezes do animal não é utilizado selvageria. Suas fezes são coletadas diariamente para produção do pó do café.
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