História do jogo de tabuleiro ouija, mito ou verdade?

Tabuleiro ouija é uma tábua ou tabuleiro de superfície plana com letras, números ou outros símbolos em que se coloca um indicador móvel. Foi criado há décadas para ser utilizado como método de necromancia ou comunicação com espíritos.

1. Principio do tabuleiro

Depois do ano de 1848 foi que o tabuleiro ouija ficou conhecido, ano em que duas irmãs norte-americanas, Kate e Margaret Fox, supostamente utilizaram o tabuleiro para contactarem um vendedor que havia morrido anos antes e espalharam histórias pelos Estados Unidos e Europa.

Porém, há também indícios de que a lenda se iniciou quando o espiritualista chamado M. Planchette, que teria aperfeiçoado o tabuleiro por volta de 1853 teria inventado o indicador de madeira, sendo utilizado até hoje.

Em 1890, Elijah J. Bond, de Baltimore, solicitou a patente do “Ouija” ou “Tabuleiro egípcio da sorte”, concedida em 1891. Nesta patente é descrito o funcionamento e alega-se que o tabuleiro é capaz de responder “perguntas de qualquer tipo”.

2. No Brasil

No Brasil é mais conhecido como a brincadeira do copo ou jogo do copo, em que um copo se move para responder as questões dos participantes. Também é conhecido como brincadeira do compasso, quando se usa um compasso como indicador. Existem também apoios para a utilização de lápis durante as sessões.

3. Como é utilizado?

Os participantes se sentam em volta do tabuleiro e colocam os dedos sobre o indicador que então se move pelo tabuleiro para responder perguntas e enviar mensagens dos supostos espíritos, nas opções de sim ou não.

4. Formato

O tabuleiro não necessita ter exatamente o formato circular, podendo também ser retangular. Em vez do ponteiro, pode-se ser utilizado um copo de vidro ou uma moeda, depende do gosto dos participantes. Afirma-se que a utilização do copo não é recomendável, pois o espírito poder vingar-se a partir dele.

5. Explicação científica

Pelas explicações científicas, as movimentações que ocorrem no tabuleiro ouija se devem ao efeito ideomotor. As pessoas participantes da sessão involuntariamente exercem uma força imperceptível sobre o indicador utilizado, e a conjunção da força exercida por várias pessoas acaba fazendo com que o objeto utilizado se mova. O efeito ideomotor foi descoberto pelo naturalista britânico William Benjamin Carpenter em 1852.

Segundo o físico também britânico Michael Faraday concluiu que os movimentos eram realizados inconscientemente pelos próprios participantes dos experimentos. O mágico ilusionista e cético estadunidense James Randi também realizou um experimento, citado em seu livro An Encyclopedia of Claims, Frauds, and Hoaxes of the Occult and Supernatural. Randi demonstrou que quando os participantes do tabuleiro ouija são vendados eles não conseguem produzir mensagens inteligíveis.

6. Explicação espiritualista

Já os espiritualistas acreditam que é possível sim um contato com o mundo dos mortos, pois o espírito comunicante utilizaria os sentidos do participante durante as sessões. Os adeptos dessa teoria acreditam que o tabuleiro não tem poder em si mesmo, servindo apenas como ferramenta para o médium se comunicar com o mundo dos espíritos.

7. Críticas das religiões

Alguns religiosos, ou críticos céticos criticam as teorias abordadas, mas há aqueles que acreditam que a utilização do ouija pode ser perigosa, pois maus espíritos poderiam enganar os participantes e possuí-los espiritualmente.

Segundo boatos, há relatos de casos casos de suposta possessão demoníaca em decorrência de sessões envolvendo espíritos malignos. Já para a Igreja Católica, alguns padres exorcistas creem que esse tipo de jogo pode pode realmente contactar demônios, assim como as Igrejas Evangélicas que definem essas práticas como “brincadeiras com demônios”.

O espiritismo acredita que essas práticas devem ser evitadas, uma vez que podem surgir presenças indesejáveis de espíritos levianos e zombeteiros, ao invés de espíritos bons e evoluídos.

Bom, se gostaram da história, comentem.

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