O papel higiênico atualmente é um objeto indispensável para a nossa limpeza íntima após defecar ou urinar. Pode ser perfumado ou não, possuir folhas simples, duplas e até triplas e costuma ser vendido em rolos e se desmancha em contato com a água, mas saiba que nem sempre foi assim.
Antes de sua invenção, que data do século XIX, as pessoas efetuavam a limpeza com folhas de hortelã, água e por vezes sabugos de milho. Acredita-se pela história de que o papel higiênico tenha sido inventado na China, em 875, porém essa invenção foi atribuída a Joseph Gayetty, de Nova Iorque, EUA, que a teria concebido em 1857, mas vamos entender um pouco mais da história dele.
História
Embora o papel tenha sido utilizado como um material para embalar e acolchoar na história chinesa desde o século II a.C. o primeiro uso de papel higiênico na história humana data do século VI, na China medieval. Em 589 o acadêmico e funcionário público Yan Zhitui (531–591) mencionou o papel higiênico em suas obras.
Durante o fim da dinastia Tang (618–907 d.C.) um árabe muçulmano que visitou a China no ano 851 observou que os chineses não se preocupavam muito com sua limpeza pessoal, então mencionou o uso de papel higiênico para se limpar ao invés de água.
No início do século XIV na dinastia Yuan eram manufaturados anualmente dez milhões de pacotes com cerca de 1.000 a 10.000 folhas de papel higiênico cada um. Durante a dinastia Ming (1368–1644 d.C.), registrou-se em 1393 que 720.000 folhas de papel higiênico foram produzidas para o uso geral da corte imperial na capital, Nanquim.
Para a família do imperador Hongwu foram feitas 15.000 folhas de um papel especial, com um tecido mais suave, no qual cada folha foi individualmente perfumada, trabalhoso né?
Os ricos usavam tecidos feitos de lã, renda ou cânhamo para suas abluções, enquanto os mais pobres defecavam nos rios, ou se limpavam com outros tipos de materiais, como trapos de qualquer tecido disponível, lascas de madeira, folhas de árvores, grama, feno, pedras, areia, musgos, neve, espigas e palha, cascas de frutas ou conchas, dependendo do local, das condições climáticas ou dos costumes sociais.
Na Roma Antiga, uma esponja pregada a um pedaço de madeira era comumente utilizada e, depois de seu uso, colocada de volta num balde com água salgada.
Além disso, o escritor satírico francês François Rabelais, sugere ainda que as penas suave das costas de um ganso vivo fornecem um meio excelente de limpeza.
Em muitas partes do mundo, especialmente em locais onde o papel higiênico é um item de luxo, ou o sistema de redes de esgoto para a eliminação dos dejetos seja precária ou mesmo inexistente, outros métodos ainda são utilizados.
Em Cuba no ano de 2009 devido ao preço elevado e a escassez do produto, o papel higiênico muitas vezes era substituído pelo jornal.
Pesquisadores alegam que os primeiros a vender o papel higiênico em rolo e já picotado teria sido inventado pelos Irmãos Scott, mas não foi registrada qualquer tipo de patente, e o início do papel higiênico da maneira como o conhecemos no século XXI se originou com o americano Seth Wheeler, de Albany, Nova York, que obteve várias patentes.
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