Conheça a árvore mais perigosa do mundo

A Mancenilheira (Árvore da Morte) é uma árvore da família das euphorbiaceae/euforbiáceas. O nome do gênero deve-se ao fato de o grego teofrasto (Theophrastus) ter reparado que os cavalos eram levados à loucura quando comiam as folhas desta árvore.

A mancenilheira pode ser encontrada América do Norte, América Central (Honduras, Nicarágua, Panamá, etc) e até no norte da América do Sul (Colômbia e Venezuela), porém no Brasil você não encontra essa espécie.

Essa árvore pode atingir os 15 metros de altura. Os frutos são venenosos, a casca dispõe uma seiva que provoca queimaduras, cegueira, caso puserem as mãos nos olhos e até morte. Em vários países, surgem sinais assinalando a perigosidade da planta, pois turistas estrangeiros podem inadvertidamente sofrerem queimaduras se agarrarem às cascas dessas árvores e a seiva cair nos seus corpos. Seus frutos, muitos parecidos com maçãs, são cheirosos, doces e saborosos.

História

Os Caribes usavam a seiva desta árvore nas setas contra os inimigos provocando uma morte lenta e dolorosa e também envenenavam a água dos inimigos com folhas de mancenilheira. Dizem que, quando os conquistadores chegaram, vários deles se intoxicaram ao comer seus frutos. Além disso, falam que os indígenas utilizavam a árvore para torturar os inimigos capturados, amarrando os nos troncos passando por sol e chuva.

O explorador espanhol Juan Ponce de Leon, o primeiro governador de Porto Rico, foi golpeado por uma seta envenenada com seiva de mancenilheira quando tentou conquistar a costa da Florida, em 1521, morrendo horas depois. Como não encontraram provas desses fatos, são apenas suposições desses ocorridos, porém, as propriedades científicas da “árvore da morte” já foi provado. Essa árvore está registrada no livro dos recordes, o Guiness Book, como a árvore mais perigosa do mundo.

Experiência

Em 1999, a radiologista britânica Nicola Strickland estava passando férias com uma amiga na ilha caribenha de Tobago. Elas avistaram uma árvore com lindos frutos e resolveram experimentar. Um pouco mais tarde, ambas notaram um gosto estranho e picante na boca, que virou ardência e dor, com uma pressão na garganta. Os sintomas foram piorando com o passar do tempo, até que não conseguiam mais comer alimentos sólidos, pois a dor era insuportável. A impressão era de que a garganta ia se fechando com o tempo, mas após umas oito horas os sintomas começaram a desaparecer, mas os gânglios linfáticos ainda ficaram muito sensíveis.

“Uma só mata 20 pessoas”

Nicholas Cresswell, escreveu em seu diário em 16 de setembro de 1774 a experiência aterrorizante que teve com essa árvore. Ele disse que em um dia ensolarado arrancou um pedaço do galho da árvore para se abanar, mas logo depois, seu rosto começou a inchar e se encher de bolhas, como se estivesse queimado, e ficou assim por mais de três dias.

Nicholas disse que a árvore tem o aroma de uma macieira inglesa, porém, menor que uma maçã. Mas estão repletas de veneno que poderia matar de uma só vez mais de 20 pessoas. Ele disse em seu diário que o veneno é tão maligno que só uma gota de chuva ou orvalho que caia da árvore na sua pele imediatamente causará uma bolha.

Útil, mas perigosa

De acordo com o Instituto de Ciências da Agricultura e Alimentos da Flórida, a mancenilheira da praia é usada para fazer móveis desde a época colonial. Acredita-se que sua seiva venenosa se neutraliza quando exposta ao sol e que manipular a madeira recém-cortada deve requer muito cuidado.

E há documentos que mostram que a borracha da casca já foi usada para tratar doenças venéreas e retenção de líquidos na Jamaica, e as frutas secas foram usadas como diuréticos.

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